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Publicação: 08/09/2007
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O ponto mais importante do Tratado foi o que obrigou jesuítas e índios a abandonarem suas povoações e, mais uma vez, cruzarem o rio Uruguai para se instalar novamente no lado da atual Argentina, podendo levar pertences, gado e o que conseguissem carregar. Nem os jesuítas nem os povos das reduções foram consultados, mas Portugal e Espanha não queriam esperar muito para concretizar a troca e, de imediato, nomearam comissões para iniciar a demarcação de limites. Alguns dos povos das missões chegaram a deslocar-se para território argentino, de onde foram repelidos por índios charruas. Nesse meio tempo, a redução de São Nicolau rebelou-se, as outras terminaram por segui-la e os índios, já então muito desconfiados com os jesuítas, decidiram assumir a responsabilidade pelo ataque contra as tropas portuguesas e espanholas. O primeiro confronto ocorreu em território do atual Uruguai, pouco depois da atual localidade de Chuí. Em 1753, no entanto, os comissários português e espanhol decidiram unir seus exércitos para enfrentar os índios, deflagrando-se a guerra em 1756. Os índios enfrentaram os exércitos português e espanhol completamente desorganizados, sem um comando único, e não conseguiram resistir muito tempo. Seu principal líder, o corregedor e alferes real de São Miguel, capitão José ou Sepé Tiarajú, morreu numa das primeiras batalhas e tornou-se um mito, que, no entanto, não deu mais sorte a seus seguidores: utilizando somente lanças, arcos e flechas, e umas poucas "bocas de fogo", eles sucumbiram na batalha de Caibaté ante o poderio dos exércitos das coroas, armados com inúmeros canhões. Seguiu-se a ocupação dos povos das missões, que os índios, ao abandonar, procuravam destruir, colocando fogo em tudo. Vitoriosos, portugueses e espanhóis é que comandaram a transmigração dos povos para o outro lado do rio Uruguai, mas, então, confiscando quase todos os seus pertences.
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