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Publicação: 08/09/2007
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A tumultuada Colônia de Sacramento, fundada por tropas portuguesas em 1680, tomada e devolvida em 1681 por forças espanholas, voltou a ser atacada a partir de Buenos Aires em 1703, depois da deflagração da guerra entre Espanha e Portugal. Como em todos os demais episódios militares do Prata desde meados do século anterior, os índios missioneiros tiveram papel decisivo, lutando sempre ao lado das forças espanholas, visto que deviam obediência e, inclusive, pagavam tributos à Coroa de Espanha. Tendo cercado completamente a Colônia durante quatro meses, os espanhóis e guaranis receberam-na, sem luta, em março de 1705. Mas, em 1716, foi novamente devolvida, e sem um encerramento dos incidentes: por ordem do governo de Buenos Aires, os índios missioneiros atacaram a Colônia nos anos seguintes e em 1735 voltaram a cercá-la, tomando-a dos portugueses e procurando, nesse meio tempo, impedir que estes também colonizassem Montevidéu. Os índios missioneiros não só impediram a aproximação dos portugueses da atual capital uruguaia como ajudaram a construir a cidade para a instalação de casais oriundos das Ilhas Canárias. Não puderam impedir, no entanto, que os portugueses se fortificassem na cidade de Rio Grande e, a partir da colonização de casais açorianos, passassem a ocupar todo o atual litoral gaúcho. A maior ameaça contra a República Guarani, porém, ainda seria a Colônia de Sacramento. Em 1750 uma filha do rei da Espanha casou com um filho do rei de Portugal, união suficiente para colocar um fim às hostilidades entre os dois países. Antes mesmo da concretização do casamento, a celebração do chamado Tratado de Madri, em janeiro de 1750, assegurava a paz com uma troca que colocaria abaixo a república dos índios: a Espanha ficaria com a Colônia do Santíssimo Sacramento, uma pequena área de terras com uma fortaleza e modesta povoação, e dava em troca os chamados Sete Povos das Missões, no atual Rio Grande do Sul, compreendendo sete cidades, algumas com indústrias primitivas formadas pelos jesuítas e índios.
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